É preciso voltar ao assunto

18:23smotta



Apesar de ser possível observar uma considerável evolução, na conscientização dos pescadores, já que uma parte deles (embora ainda muito distante da parcela ideal) já libera os peixes que captura, há certas coisas que a maioria dos pescadores esportivos ainda faz e que não deveria fazer. As mais básicas e frequentes são:

• Usar passaguá (puçá, coador...), para retirar o peixe da água, fazendo com que parte da mucosa - essencial para integridade física do peixe - seja raspada e fique na rede.


• Fazer uso de alicate do tipo "boga grip", causando lesões na mandíbula do peixe.


• Criar um ângulo entre a cabeça e o corpo do peixe, ao segura-lo pela boca, podendo gerar também lesões. Ao ser seguro pela boca, o peixe deve ficar totalmente na vertical, como os ponteiros de um relógio que esteja marcando 6 horas.


• Segurar em outra parte do peixe que não seja a boca, retirando parte da mucosa.


• Apoiar o peixe sobre uma régua ou qualquer outra superfície, retirando também parte da mucosa.


• Manter o peixe fora da água por tempo superior ao necessário para libera-lo do anzol, o estressando desnecessariamente, podendo levá-lo à morte algum tempo após a devolução.

• Dar mais importância às fotos e às filmagens do que à integridade física do peixe. Vale lembrar que, se acabarmos com os peixes, para nada servirá a nossa tão amada e dispendiosa tralha.

• Não se dar conta de que o mais importante é aquilo que o pescador vivencia desde o ataque à isca até o momento em que o peixe chega dominado à sua presença e que as fotos com caras e bocas para exibição nas redes sociais são dispensáveis; basta uma e feita de forma bem rápida. Por melhores que fiquem os registros mecânicos de imagens, as que ficam na memória do pescador são as que de fato importam.

http://www.pesca-esportiva-old-school.com.br/2014/05/pesque-e-solte-ou-captura-e-devolucao.html

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3 comentários

  1. mas como faço pra tirar o peixe sem usar o puçá?

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    1. Vicente desculpe-me pela demora na resposta, mas uma configuração equivocada fez com que o blog parasse de me notificar a ocorrência de novos comentários. Se intenção for retirar o peixe da água e não libera-lo, o uso do puçá não fará diferença. No entanto, se a intenção for liberar o peixe, o ideal será aproxima-lo ao máximo, para que (se for de uma espécie sem dentição), uma pinça com os meus dedos indicador e polegar da mão preferida e - sem retirá-lo da água - extrair o anzol, ou a garateia, fazendo uso de um alicate de bico, com a outra mão. E como a segurança do pescador deve vir em primeiro lugar, os peixes com dentes que possam lesionar um dedo humano devem ser contidos com alicates, mas, na minha concepção, jamais com os do tipo boga.

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  2. Vicente:

    Este blog foi criado com o intuito de trazer informações que, lamentavelmente, se perderam com o tempo e eu espero que certas citações que farei não venham a criar nos leitores uma reação diferente da que pretendo. A intenção é apenas informar e gerar maior conhecimento. Na época que me tornei adepto da prática do uso de iscas artificias e do catch and release, o uso do passaguá era algo "vergonhoso", para um pescador que dissesse ser esportivo, pois, além dos males que causa ao peixe, o coador abrevia e facilita a tarefa do pescador, exigindo menos técnica. Atualmente, por ignorância do aspecto negativo, esse apetrecho é utilizado sem o menor constrangimento pela maioria dos pescadores que pregam o pesque e solte...

    Para não precisar do puçá, aproxime o peixe ao máximo possível de você, estenda o braço que estiver segurando a vara (aproximando ainda mais a presa) e - se tiver certeza se tratar de um sem dentição que ofereça risco ao pescador - com o dedo polegar, da mão que estiver livre, faça o grip na boca do peixe; o robalo e o tucunaré podem ser manuseados assim. Caso o peixe tenha dentição, como é o caso da traíra e também da enchova (entre outros), não utilize o dedo e sim um alicate tipo jacaré e não do tipo boga grip.

    O vídeo que está aqui mesmo no blog, no post intitulado “Pesque e solte ou captura e devolução”, lhe dará noção exata de como capturar e liberar um peixe, sem precisar fazer uso de um puçá.

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