Alguns cuidados básicos precisam ser tomadas ma pesca com iscar artificiais. Não há como criar bloqueio para todos os riscos inerentes à prática da pesca, mas temos a obrigação de minimizá-los e de bloquear o que estiver ao nosso alcance.

Vale observar aqui que o ato de arremessar uma isca artificial é conhecido como "pinchar"; não confundir com "pichar" que é a (desculpem-me) babaquice de rabiscar a propriedade alheia!

O uso de filtro solar, a utilização do colete salva vidas, para quem pesca embarcado, a proteção dos olhos e da jugular, e a adoção do barbless, para quem pesca com iscas artificiais são alguns deles.

Filtro solar: os  dermatologistas informam que o filtro solar deve ser usado todos os dias, em todas as áreas expostas do corpo, e não apenas em dia de sol, pois - aparente ou não - o sol está lá e seus raios chegarão até a nossa pele. O filtros solares são vendidos com a indicação FPS (fato de proteção solar). Um filtro solar indicando, por exemplo, FPS 30, protege 30 vezes mais o tempo em que a pele protegida por ele levaria para se bronzear sem proteção. Se a pele ficaria bronzeada em 10 minutos, com tal filtro ela ficaria 30 vezes 10 minutos protegida, o que daria 300 minutos, 5 horas.

Colete salva-vidas: é de assustar as várias fotos que se encontram pela internet, mostrando pescadores a bordo de embarcações sem fazerem uso de um colete, seja salva-vidas ou flutuador; EPI (equipamento individual de segurança) básico é imprescindível nessas situações. 

Imagino que todos muitos dos que se propõem a pescar embarcado saibam nadar, alguns devem ser exímios nadadores e até mergulhadores, mas deixar de usar um colete, por ter tais habilidades é o mesmo que (e tão absurdo quanto) um motociclista deixar de usar capacete sob a alegação de ser muito bom sobre a moto. Que me desculpe quem ainda acha o colete desnecessário, mas quem assim procede se porta de maneira irresponsável e egoísta, pois a vida que ele arrisca não "pertence" apenas a ele, já que certamente a cada vez que ele embarca num caiaque sem colete e todo seguro de si, colocando (sim!) a vida em risco, alguém em casa aguarda ansiosamente pela volta dele. 

É fundamental que o colete seja destinado ao peso de seu usuário e, de preferência, que seja do tipo que mantém o quem o utiliza de barriga para cima, em caso de perda da consciência.

A NORMAM - NORMAS DA AUTORIDADE MARÍTIMA PARA HOMOLOGAÇÃO DE MATERIAL, define como sendo da classe V, os coletes indicados para uso na pesca esportiva:

e) CLASSE V - material fabricado para emprego em atividades esportivas tipo
“jet-ski”, “banana-boat”, esqui aquático, “windsurf”, “parasail”, pesca esportiva, canoagem,
embarcações miúdas classificadas como esporte e/ou recreio, embarcações de esporte
e/ou recreio de médio porte empregada na navegação interior e outras.
Imagem meramente ilustrativa, exibindo um colete classe V, para embarcações de até 5 metros, em mar aberto.

Óculos de proteção e buff headwear: pode parecer exagero, mas o uso de uso de óculos de proteção e de um buff headwear (em volta do pescoço), para quem pesca com iscas artificiais, são dois outros cuidados que não devemos deixar de ter. Uma isca quando solta da boca de um peixe próximo ao pescador geralmente é arremessada de encontro ao dele e os olhos a veia jugular são o que de mais frágil a isca poderá atingir num momento desses.

Como proteção, para os olhos, você poderá unir o útil ao agradável e fazer uso dos chamados óculos polarizados que o protegerão de uma isca projetada e também dos raios UVA/UVB. Vale lembrar que os óculos deverão oferecer certificados das proteções que se propõem a oferecer, pois os de má qualidade podem causar mais danos aos olhos do que não usá-los.