Muito se tem ouvido e lido sobre pescadores que se acidentaram com garateias e com azóis e - evidentemente, para aqueles que desconhecem a prática - vou divulgar o barbless (barb = farpa / less = menos), pois com anzóis e garateias sem farpa a perfuração humana, involuntária, poderá até ocorrer (vai depender do cuidado que cada pescador terá), mas a extração será bem simples e, quando for o caso, a liberação do peixe se tornará muito rápida, o que será fundamental, na prática do correto catch and release - pesque e solte, sem perda de tempo.

O termo (em inglês, como a maioria dos termos ligados à pesca esportiva, pela fato da prática ter sido iniciada lá fora) pode ser traduzido, mas geralmente é mantido no idioma original. O barbless ao pé da letra é anzol sem farpa. Atualmente há o fabrico de anzóis e garateias lidos, mas a maioria desses apetrechos ainda é fabricada com as famosas farpas.

Por volta 1988, eu conheci a prática do catch and release assistindo vários vídeos (ainda em fita K7) que um amigo me trazia sempre que voltava dos EUA, como ele ia até lá a cada três meses, acabei ficando com um vasto acervo. Assim, tomei gosto pelo "bait casting", cuja melhor maneira de traduzir é "pesca com isca artificial (plugs) utilizando carretilha", já que a tradução ao pé da letra fica pouco convencional e incompleta "lançamento de isca". 

Passei então a me interessar por tudo o que dissesse respeito à prática. Em seguida conheci o barbless, passei a utilizá-lo, dando a ele uma forma abrasileirada, um barbless tupiniquim, amassando a farpa, pois retirar dá muito mais trabalho e o resultado com o amassamento é o mesmo. Fiquei convencido (como sou até hoje) de que o anzol ou a garateia sem farpa traz o peixe até o pescador da mesma forma que traria se tivesse farpa e de modo muito mais seguro e objetivo, para o pescador. 

Para os adeptos do "pesque e solte", a adoção do anzol/garateia sem farpa é fundamental, pois a liberação do peixe se torna muito simples, lesionando e fadigando menos o pescado.