É tempo de soltar cada vez mais e de matar cada vez menos!

21:12smotta

Matar ou liberar um peixe que tenha capturado - desde que no tamanho permitido - é uma escolha pessoal do pescador, o chamado livre-arbítrio... Tal escolha estará sempre baseada nos valores que cada pescador traz consigo... Para alguns pode parecer hipocrisia quando alguém cita que libera 100% do que captura... Já os tidos como “hipócritas” (os liberadores radicais) consideram “matança” qualquer quantidade abatida. Eu sou do tipo liberador radical, com algumas espécies e continuarei a ser visto como quem age com hipocrisia, por aqueles que não acreditem que eu realmente não mato, intencionalmente, robalo algum.

Quanto mais admiro um peixe menos vontade eu tenho de matá-lo. Matei - com a intenção de fazê-lo - meu último robalo há muito, muito, tempo... Sinto um prazer indescritível quando separo o meu dedo polegar direito de meu dedo indicador direito e vejo o glorioso centropomus (tenha ele o tamanho que tiver) se afastar de mim nadando. Levanto essa bandeira há vários anos e já consegui multiplicar em um número considerável de pescadores essa “mania” de só gostar de ver robalo vivo e, para mim, isso basta. Se para cada cem pescadores que me ouvem ou leem um único se tornar um liberador, ainda que (inicialmente) não radical, já terei obtido êxito. Nada me fará deixar de sentir prazer em liberar 100% de “meus” robalos e de desejar que o tempo traga maturidade aos pescadores esportivos, para que essa mania de gostar de robalo vivo deixe de ser vista como hipocrisia e se torne um segundo prazer nas pescarias...

A matança excessiva, realizada por aqueles que utilizam redes (por mais que me agrida e me revolte) não pode ser combatida por mim. Não tenho autoridade para isso, há órgãos oficialmente fiscalizadores e o que posso fazer (e faço sempre que possível) é denunciar.

É sabido que a quantidade que cada pescador esportivo leva para casa, por maior que seja, praticamente não significa nada perto do estrago que vem sendo realizado pela maldita pescaria de rede (em todas as suas versões), mas não matar é o máximo que nos cabe diretamente. Essa parcela de contribuição com a preservação dos peixes pode parecer pequena, mas não é!

E por falar em redes, segue um vídeo (para o qual fui alertado por uma publicação do Paulo Meirelles grupo Caiaque Brasil), dando um triste exemplo do quanto os estoques de peixes estão sendo dizimados e um link para fazermos quórum contra a prática dos super arrastões que medem o equivalente a treze Boeing 747 Jumbo, aproximadamente mil metros de comprimento... Tais aberrações contam com tecnologia avançada, com reforço de sonares e até de aviões e de helicópteros, para localização das chamadas ”bola de isca” que são alimento para todo um ecossistema de peixes de vida oceânica e assim iniciarem as verdadeiras matanças.

Na Austrália, a proibição aos super arrastões teve a duração de dois anos e termina (este mês), em novembro! Há uma frota internacional desses arrastões avançando a cada dia mais e chagando a praticamente todos os mares...

Há uma nova petição, para tentar convencer o primeiro-ministro australiano Tony Abbott a proteger permanentemente a vida marinha, proibindo definitivamente os super arrastões. Podemos ajudar a proteger o litoral australiano assinado a petição abaixo linkada. Essa guerra só pode ser vencida batalha por batalha e quando um movimento de igual teor for criado no Brasil, a medida (se aprovada em outros países) já estará fundamentada e com mais chance de ser bem recebida por nossas autoridades.

Clique e assine!  http://www.stopthetrawler.net/


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