Mais acidentes ocorreram, desde a época que fui motivado a
escrever o artigo “Amarrações de caiaques em racks - parte 1” ( http://www.pesca-esportiva-old-school.com.br/2015/07/amarracoes-de-caiaques-em-racks.html) e alguns desses acidentes me fizeram refletir e enxergar um pouco mais sobre
os melhores procedimentos a serem seguidos. Neste artigo vamos abordar algumas formas de amarrar o caiaques ao rack e tambĂ©m a confecĂ§Ă£o de um berço para facilitar a colocaĂ§Ă£o de caiaque pesado sobre o rack por uma Ăºnica pessoa e uma sugestĂ£o de uso desse berço.
Vale iniciar este artigo citando que a ResoluĂ§Ă£o CONTRAN 349 de 17/05/2020 DOU de 20/05/2010, com alteraĂ§Ă£o na ResoluĂ§Ă£o 589/16, dispõe sobre o transporte eventual de cargas ou de bicicletas nos veĂculos classificados nas espĂ©cies automĂ³vel, caminhonete, camioneta e utilitĂ¡rio e cita, entre outros que "Devem ser utilizados dispositivos de amarraĂ§Ă£o, como cintas tĂªxteis, correntes ou cabos de aço, com resistĂªncia total Ă ruptura por traĂ§Ă£o de, no mĂnimo, 2 (duas) vezes o peso da carga" , e "os dispositivos de amarraĂ§Ă£o devem estar em bom estado e serem dotados de mecanismo de tensionamento, quando aplicĂ¡vel, que possa ser verificado e reapertado manual ou automaticamente durante o trajeto." e "Fica proibida a utilizaĂ§Ă£o de cordas como dispositivo de amarraĂ§Ă£o de carga, sendo permitido o seu uso exclusivamente para fixaĂ§Ă£o da lona de cobertura, quando exigĂvel."
JĂ¡ vale citar aqui que caiaques de polietileno podem sofrer deformações, se submetidos a amarraĂ§Ă£o com tencionamento exagerado.
Outro tema que vale ser abordado, logo de inĂcio, Ă© prĂ©-disposiĂ§Ă£o que os caiaques tĂªm para admitir as cores mais escuras, quando em contato com materiais de cor diferente do polietileno que com o qual sĂ£o fabricados.
Muitos dos modelos de rack destinados ao uso sobre o teto dos veĂculos contam hastes cobertas com borracha da cor preta e o risco dessa cor mais escura ser transferida para o caiaque Ă© grande. Assim sendo, o ideal Ă© cobrir o topo das hastes do rack com um material que evite o contato direto do polietileno com a borracha.
HĂ¡ vĂ¡rias alternativas, para evitar o contato, uma que pode ser posta em uso Ă© a criaĂ§Ă£o de uma proteĂ§Ă£o com um "espaguete de piscina" (flutuador cilĂndrico feito de espuma de polietileno), do tipo vazado (oco). BastarĂ¡ uma tesoura simples ou um estilete (e o devido requerendo cuidado com as mĂ£os durante o manuseio), para cortar o espaguete e fazer as duas meias-canas necessĂ¡rias.
Vale iniciar este artigo citando que a ResoluĂ§Ă£o CONTRAN 349 de 17/05/2020 DOU de 20/05/2010, com alteraĂ§Ă£o na ResoluĂ§Ă£o 589/16, dispõe sobre o transporte eventual de cargas ou de bicicletas nos veĂculos classificados nas espĂ©cies automĂ³vel, caminhonete, camioneta e utilitĂ¡rio e cita, entre outros que "Devem ser utilizados dispositivos de amarraĂ§Ă£o, como cintas tĂªxteis, correntes ou cabos de aço, com resistĂªncia total Ă ruptura por traĂ§Ă£o de, no mĂnimo, 2 (duas) vezes o peso da carga" , e "os dispositivos de amarraĂ§Ă£o devem estar em bom estado e serem dotados de mecanismo de tensionamento, quando aplicĂ¡vel, que possa ser verificado e reapertado manual ou automaticamente durante o trajeto." e "Fica proibida a utilizaĂ§Ă£o de cordas como dispositivo de amarraĂ§Ă£o de carga, sendo permitido o seu uso exclusivamente para fixaĂ§Ă£o da lona de cobertura, quando exigĂvel."
JĂ¡ vale citar aqui que caiaques de polietileno podem sofrer deformações, se submetidos a amarraĂ§Ă£o com tencionamento exagerado.
Outro tema que vale ser abordado, logo de inĂcio, Ă© prĂ©-disposiĂ§Ă£o que os caiaques tĂªm para admitir as cores mais escuras, quando em contato com materiais de cor diferente do polietileno que com o qual sĂ£o fabricados.
Muitos dos modelos de rack destinados ao uso sobre o teto dos veĂculos contam hastes cobertas com borracha da cor preta e o risco dessa cor mais escura ser transferida para o caiaque Ă© grande. Assim sendo, o ideal Ă© cobrir o topo das hastes do rack com um material que evite o contato direto do polietileno com a borracha.
HĂ¡ vĂ¡rias alternativas, para evitar o contato, uma que pode ser posta em uso Ă© a criaĂ§Ă£o de uma proteĂ§Ă£o com um "espaguete de piscina" (flutuador cilĂndrico feito de espuma de polietileno), do tipo vazado (oco). BastarĂ¡ uma tesoura simples ou um estilete (e o devido requerendo cuidado com as mĂ£os durante o manuseio), para cortar o espaguete e fazer as duas meias-canas necessĂ¡rias.
Com algumas abraçadeiras de plĂ¡stico, do tipo fita hellerman (com qualquer tensĂ£o mĂnima de ruptura) e com comprimento que gere um diĂ¢metro de amarraĂ§Ă£o suficiente, as meias-canas e mantĂª-las fixas poderĂ£o ser mantidas fixas, compondo a proteĂ§Ă£o.
1 – AmarraĂ§Ă£o bĂ¡sica ajustada
Nas mais bĂ¡sicas das amarrações, um caiaque deverĂ¡ ser preso
ao rack (que por sua vez deverĂ¡ ter cada uma de suas hastes presa a um dos
para-choques do veĂculo) por uma tira (corda, fita, cinta etc) que parta de uma
extremidade de uma das hastes do rack, passe por cima do caiaque, desça e passe
por baixo da extremidade oposta da haste, suba e volte por cima do caiaque,
para finalizar a amarraĂ§Ă£o na extremidade da haste da qual partiu. Na outra
haste, o processo deverĂ¡ ser repetido. Vale frisar que o ideal serĂ¡ que as
amarrações bĂ¡sicas sejam iniciadas e finalizadas nas extremidades das hastes
que ficam do lado oposto ao do motorista do veĂculo, para que, em caso de ser
necessĂ¡rio conferir ou ajustar durante o trajeto, a pessoa incumbida da tarefa
nĂ£o precise ficar com o corpo voltado para a pista de rolagem. Nas amarrações por
sistema,isso nĂ£o serĂ¡ possĂvel. As imagens a seguir mostram a sequĂªncia de uma
amarraĂ§Ă£o bĂ¡sica.
AmarraĂ§Ă£o das hastes do rack ao carro
AmarraĂ§Ă£o bĂ¡sica ajustada do caiaque no rack I
AmarraĂ§Ă£o bĂ¡sica ajustada do caiaque no rack II
AmarraĂ§Ă£o bĂ¡sica ajustada do caiaque no rack III
AmarraĂ§Ă£o bĂ¡sica ajustada do caiaque no rack IV
2 - As chamadas “amarrações de
segurança”.
Em parte desses acidentes, a tal amarraĂ§Ă£o “de segurança” (amarraĂ§Ă£o
de cada extremidade do caiaque a um dos para-choques do veĂculo), como muitos
caiaqueiros chamam e utilizam, para prevenĂ§Ă£o do deslocamento do caiaque, para
frente ou para trĂ¡s do veĂculo, no caso de ocorrer uma colisĂ£o frontal ou um abalroamento
na traseira, nĂ£o tem se mostrado assim tĂ£o funcional.
Quando um veĂculo transportando caiaque(s) num rack sobre o
teto se envolve ou Ă© envolvido em um acidente de trĂ¢nsito, tendo a velocidade abruptamente
reduzida (num impacto frontal), ou acelerada (num impacto na traseira), o rack tende
a se deslocar do teto (independentemente de ser um rack de acoplamento
convencional ou de ventosa), mais até do que o caiaque tende a se soltar do
rack, se bem amarrado estiver.
É comum vermos veĂculos com caiaque sobre o
teto, com amarraĂ§Ă£o na proa e na popa, mas com pouca efetividade na contenĂ§Ă£o
de deslocamento, porque Ă© a carga (no caso o caiaque) que estarĂ¡ amarrado aos
para-choques do veĂculo e nĂ£o as hastes do rack. Se o rack, com carga, tende a
se se deslocar nos acidentes de trĂ¢nsito, o ideal Ă© que a tal amarraĂ§Ă£o de
segurança seja realizada nas hastes do rack e nĂ£o no caiaque.
Amarrações ligando as extremidades de um caiaque ao veĂculo, nĂ£o sĂ£o tĂ£o funcionais, quanto as amarrações que ligam cada haste do
rack ao carro.
No entanto, a maioria dos veĂculos com modelos mais atuais Ă© dotada de componentes plĂ¡sticos que podem contraindicar a amarraĂ§Ă£o das hastes do rack nos para-choques. CaberĂ¡ a cada caiaqueiro avaliar bem as condições dos para-choques de seu veĂculo, para se decidir ou nĂ£o pela amarraĂ§Ă£o das hastes do rack neles. Caso os para-choques nĂ£o sejam indicados para amarraĂ§Ă£o, prender um dos dois pontos de fixaĂ§Ă£o da haste traseira do rack a uma tira (quanto menos espessa melhor) que passe por dentro do veĂculo e vĂ¡ atĂ© o ponto oposto de fixaĂ§Ă£o daquela haste, concluindo uma amarraĂ§Ă£o, serĂ¡ mais seguro do que deixar o rack apenas com sua fixaĂ§Ă£o ao teto, sem amarraĂ§Ă£o alguma.
Toda amarraĂ§Ă£o que passe por dentro do veĂculo, deverĂ¡ ser evitada em dias de chuva, pois levarĂ¡ Ă¡gua para o interior do carro.
2.1 - As “falsas amarrações”
Uma amarraĂ§Ă£o ligando a popa de um caiaque ao para-choque
traseiro do veĂculo, buscarĂ¡ conter o caiaque em caso de tendĂªncia a
deslocamento para frente, o que ocorrerĂ¡ como consequĂªncia de uma colisĂ£o
frontal, mas essa amarraĂ§Ă£o (no para-choque traseiro) precisa ser analisada com
critĂ©rio, quando se tratar de veĂculo do tipo hatch, para que nĂ£o seja
realizada a chamada “falsa” amarraĂ§Ă£o.
A falsa amarraĂ§Ă£o, ocorre quando um caiaque que esteja sobre um rack de um veĂculo, do tipo hatch, tem a extremidade amarrada no para-choque traseiro, jĂ¡ que a extremidade da carga ficarĂ¡ alĂ©m do para-choque.
Caso o
caiaque tenda a se deslocar para frente do veĂculo, atĂ© que essa amarraĂ§Ă£o
entre em aĂ§Ă£o, jĂ¡ serĂ¡ tarde.
Exemplo de um acidente do tipo cogitado neste item do artigo que trata das chamadas falsas amarrações.
O ideal, quando analisando o que poderĂ¡ ocorrer em caso de
um veĂculo que esteja com um caiaque sobre o teto vir a se envolver (ou a ser
envolvido) e um acidente de trĂ¢nsito, Ă© sermos precavidos ao extremo. SerĂ¡
melhor termos sobra de segurança (quando a viagem vier a transcorrer de forma
normal) do que falta de segurança, caso um acidente venha a ocorrer com um
veĂculo que esteja transportando um caiaque num rack.
Portanto, nĂ£o deveremos poupar os atos seguros. Mais valerĂ¡
amarrar devidamente o caiaque ao rack e cada haste do rack a um para-choque do
veĂculo, do que fazer amarrações ligando as
extremidades do caiaque aos para-choques. No entanto, vale tambĂ©m frisar que essas amarrações (nas hastes do rack) nĂ£o deverĂ£o conter folgas, mas que nĂ£o deverĂ£o receber tensionamento.
Voltando a lembrar que caberĂ¡ a cada caiaqueiro avaliar bem as condições dos para-choques de seu veĂculo, para se decidir ou nĂ£o pela amarraĂ§Ă£o das hastes do rack neles e que, caso haja impedimento, uma amarraĂ§Ă£o passando por dentro veĂculo poderĂ¡ ser uma alternativa. De qualquer forma, verificar periodicamente a fixaĂ§Ă£o do rack ao teto do carro, serĂ¡ fundamental.
3 - Transportando dois ou mais caiaques
no rack
ATENĂ‡ĂƒO: este artigo nĂ£o Ă© um incentivo ao trasporte de caiaque sobre o rack de um veĂculo em posições ou quantidades alĂ©m das permitidas. O que vocĂª lerĂ¡ a seguir busca apenas ilustrar formas mais seguras de realizar transportes de maneira nĂ£o convencional (que Ă© o transporte de um Ăºnico caiaque sobre o carro), quando isso for inevitĂ¡vel, mas desde que a capacidade de carga do rack e do teto do veĂculo nĂ£o sejam ultrapassadas e que a leis de trĂ¢nsito em vigor nĂ£o sejam infringidas.
Dois ou mais caiaques poderĂ£o ser transportados no teto do mesmo veĂculo, de forma segura, de algumas maneiras bĂ¡sicas.
Dois ou mais caiaques poderĂ£o ser transportados no teto do mesmo veĂculo, de forma segura, de algumas maneiras bĂ¡sicas.
3.1 - Transportando dois caiaques lado a lado
Uma delas serĂ¡ posicionando um caiaque ao lado do outro, sem
sobreposiĂ§Ă£o, para nĂ£o exceder os 50 centĂmetros de altura e nem exceder a largura mĂ¡xima do veĂculo. Essa largura, mesmo nĂ£o estando assim definida em nenhuma norma - como compreende o maior espaço lateral ocupado pelo veĂculo - poderĂ¡ ser considerada indo da extremidade de um retrovisor lateral Ă extremidade do retrovisor do lado oposto.
Portanto, mesmo que os dois caiaques a serem transportados
somem largura maior do que as das hastes do rack, serĂ¡ possĂvel preparar uma
bricolagem simples e realizar um transporte legal e seguro, desde que a altura
da carga (medindo-se do teto do veĂculo ao ponto mais alto dos caiaques) nĂ£o
ultrapasse 50 centĂmetros e que a largura mĂ¡xima do veĂculo e a capacidade
nominal de carga do rack nĂ£o sejam ultrapassadas.
Duas peças auxiliares (de madeira, de alumĂnio, ou
de outro metal, as chamadas "rĂ©guas de pedreiro" sĂ£o ideais), com comprimentos que sejam suficientes, para que os dois
caiaques fiquem totalmente apoiados nelas, deverĂ£o ser sobrepostas as hastes, para dar ao rack a largura necessĂ¡ria.
A
peça que serĂ¡ sobreposta Ă haste do rack, deverĂ¡ apresentar resistĂªncia
suficiente, nas partes que nĂ£o estarĂ£o apoiadas nas hastes, para nĂ£o fletir quando
receber o peso dos caiaques. E o ideal serĂ¡ que as peças auxiliares tenham largura igual
ou inferior Ă de cada haste.
Cada
peça auxiliar deverĂ¡ ser sobreposta a uma haste do rack e unida Ă haste com
abraçadeiras de nylon do tipo Insulok em poliamida, com largura de 7,6 mm,
tensĂ£o mĂnima de ruptura de 54 kgf e comprimento que gere um diĂ¢metro de amarraĂ§Ă£o
suficiente para envolver a peça auxiliar e a haste do rack e ainda gerar aperto. Basicamente,
7 abraçadeiras dessas, uniformemente distribuĂdas, ao longo de cada conjunto de
peça auxiliar sobre haste, serĂ£o suficientes.
Dois
parafusos transpassando a peça auxiliar e a haste do rack, recebendo porcas nas
extremidades inferiores, tambĂ©m poderĂ£o ser usados e atĂ© dispensarĂ£o a
utilizaĂ§Ă£o das abraçadeiras. Se as abraçadeiras forem utilizadas, periodicamente elas deverĂ£o ser vistoriadas e trocadas, ao menor sinal de anormalidade.
Para proteĂ§Ă£o caiaques, serĂ¡ interessante criar
um acabamento, para as peças auxiliares, com o mesmo procedimento sugerido neste artigo para evitar que as cores escuras das hastes dos racks sejam transferidas para os caiaques.
AmarraĂ§Ă£o de dois caiaques que estejam lado a lado, nĂ£o
necessitarĂ¡ ser realizada por sistema, apenas de forma bĂ¡sica ajustada.
BastarĂ¡ posicionar o primeiro caiaque emborcado
sobre o rack, ocupando apenas uma das metades de cada haste, e justar a
amarraĂ§Ă£o. A amarraĂ§Ă£o de cada extremidade do caiaque em cada haste do rack,
deverĂ¡ ser iniciada na extremidade de uma das hastes, passar sobre o caiaque,
descer, passando por baixo da extremidade oposta da mesma haste e retornar novamente sobre o caiaque, para ser
finalizada na mesma extremidade da haste onde tenha começado.
O segundo caiaque deverĂ¡ ser posicionado na mesma forma que o
primeiro (emborcado) e receber amarraĂ§Ă£o que serĂ¡ iniciada e concluĂda no lado
oposto das hastes.
3.2 - Transportando um caiaque sobre
outro
Embora o ideal seja que a altura da carga transportada por
um veĂculo sobre um rack nĂ£o ultrapasse 50 cm (a contar do teto do veĂculo e
nĂ£o do rack), quando for inevitĂ¡vel transportar assim, alguns cuidados a mais
deverĂ£o ser tomados. O primeiro deles serĂ¡ nĂ£o exceder a capacidade nominal de
carga, o segundo requerer a AET (autorizaĂ§Ă£o especial trĂ¢nsito) e o terceiro
realizar as amarrações por sistema.
Muitos modelos de rack acabam suportando um peso maior do que o fabricante divulga, mas o comportamento de cada haste do rack deverĂ¡ analisado desde o momento em que o apoio dos caiaques sobre o rack estiver ocorrendo atĂ© a finalizaĂ§Ă£o da amarraĂ§Ă£o, quando nenhuma das hastes deverĂ¡ apresentar deformaĂ§Ă£o (empeno, amassamento). Caso o rack apresente alguma deformaĂ§Ă£o, serĂ¡ sinal de que o peso dos caiaques estarĂ¡ acima do suportado e que com o passar do tempo o empeno poderĂ¡ aumentar atĂ© tocar no teto e prejudicar aquela parte do veĂculo.
Vale tambĂ©m observar que o transporte de um caiaque sobre outro poderĂ¡ gerar danos aos dois cascos. Portanto, quando nĂ£o houver outra opĂ§Ă£o, procure acolchoar os pontos nos quais os caiaques estarĂ£o em contato um com outro e nĂ£o exagerar no tensionamento das amarrações.
Muitos modelos de rack acabam suportando um peso maior do que o fabricante divulga, mas o comportamento de cada haste do rack deverĂ¡ analisado desde o momento em que o apoio dos caiaques sobre o rack estiver ocorrendo atĂ© a finalizaĂ§Ă£o da amarraĂ§Ă£o, quando nenhuma das hastes deverĂ¡ apresentar deformaĂ§Ă£o (empeno, amassamento). Caso o rack apresente alguma deformaĂ§Ă£o, serĂ¡ sinal de que o peso dos caiaques estarĂ¡ acima do suportado e que com o passar do tempo o empeno poderĂ¡ aumentar atĂ© tocar no teto e prejudicar aquela parte do veĂculo.
Vale tambĂ©m observar que o transporte de um caiaque sobre outro poderĂ¡ gerar danos aos dois cascos. Portanto, quando nĂ£o houver outra opĂ§Ă£o, procure acolchoar os pontos nos quais os caiaques estarĂ£o em contato um com outro e nĂ£o exagerar no tensionamento das amarrações.
O caiaque nĂ£o deverĂ¡ ultrapassar o para-choque dianteiro do veĂculo, mas se for inevitĂ¡vel exceder (em 1 metro no mĂ¡ximo), serĂ¡ necessĂ¡rio solicitar uma AET - AutorizaĂ§Ă£o Especial de Transito. No final deste artigo estĂ£o as instruções para solicitaĂ§Ă£o da AET.
A carga (o que estiver sobre o teto) nĂ£o poderĂ¡ ultrapassar a largura do veĂculo e nem ficar a uma altura superior a 50 centĂmetros, contando do teto do seu veĂculo e nĂ£o do rack. Se for inevitĂ¡vel ultrapassar os 50 centĂmetros de altura e tal excesso tiver - contando do piso (chĂ£o) Ă parte mais alta do caiaque - atĂ© 4,4 metros, serĂ¡ necessĂ¡ria tambĂ©m a solicitaĂ§Ă£o de uma AET.
Caso o caiaque ultrapasse o para-choque traseiro, nĂ£o poderĂ¡ exceder por uma distĂ¢ncia superior a 60% da distĂ¢ncia entre os eixos, a contar do eixo traseiro. Toda carga que ultrapasse o para-choque traseiro deverĂ¡ ficar bem visĂvel e sinalizada. Durante a noite, a sinalizaĂ§Ă£o deverĂ¡ ser composta por uma luz vermelha e um dispositivo refletor da mesma cor. Durante o dia, poderĂ¡ ser uma bandeirola de cor vermelha... A sinalizaĂ§Ă£o para uso noturno poderĂ¡ ser facilmente providenciada com a fixaĂ§Ă£o de uma dessas pequenas lanternas de lente vermelha, e alimentadas por pequenas baterias, destinadas Ă s bicicletas.
Vale tambĂ©m citar que a permissĂ£o para transporte de cargas sobre tetos de carros indica que o veĂculo deve contar com bagageiro ou "suportes apropriados devidamente afixados na parte superior externa da carroçaria" e que "os dispositivos de amarraĂ§Ă£o devem estar em bom estado e serem dotados de mecanismo de tensionamento, quando aplicĂ¡vel, que possa ser verificado e reapertado manual ou automaticamente durante o trajeto." e ainda que "Fica proibida a utilizaĂ§Ă£o de cordas como dispositivo de amarraĂ§Ă£o de carga, sendo permitido o seu uso exclusivamente para fixaĂ§Ă£o da lona de cobertura, quando exigĂvel."
Se for necessĂ¡rio emitir uma AET.
- Acesse: http://www.dnit.gov.br/…/siste…/autoriz.-espec.-transito-aet
- Em seguida clique em: “TRANSPORTADORES E ENGENHEIROS - Clique aqui para emitir/autorizar a emissĂ£o da sua AutorizaĂ§Ă£o Especial de TrĂ¢nsito - AET”.
- Na pĂ¡gina que abrirĂ¡, vocĂª deverĂ¡ inserir o cĂ³digo de verificaĂ§Ă£o, e – se jĂ¡ for cadastrado - no campo “Acesso ao TRANSPORTADOR”, inserir seu “CĂ³digo de acesso” e “senha”. Caso vocĂª nĂ£o seja cadastrado, clique em https://siaet.dnit.gov.br/manutencao/manTransportador.asp… . ApĂ³s o cadastro, o sistema do DNIT enviarĂ¡ para o seu e-mail uma mensagem de confirmaĂ§Ă£o. Para ativar o cadastro, siga as instruções recebidas na mensagem do e-mail.
- Prosseguindo, clique em “ResoluĂ§Ă£o nº 349 CONTRAN” e preencha o formulĂ¡rio que Ă© simples e autoexplicativo.
- Selecione o tipo de carga (clique em “Caiaque”).
- Informe a largura da carga.
- Informe o comprimento.
- Informe a altura da carga.
- Informe o percurso da viagem (origem e destino). Cite um destino que abranja vĂ¡rias cidades pelas quais vocĂª poderĂ¡ transitar ao longo de ano, para nĂ£o precisar requere uma segunda AET.
- Informe os dados do seu carro.
- Clique em “Enviar”.
O sistema vai gerar o nĂºmero da AET e um boleto para pagamento no Banco do Brasil.
ApĂ³s a realizaĂ§Ă£o do pagamento, aguarde 24 horas, para que o sistema identifique, faça novamente login, informando o nĂºmero da AET, e clique em “Emitir AutorizaĂ§Ă£o Especial de TrĂ¢nsito / AutorizaĂ§Ă£o EspecĂfica”.
A AET terĂ¡ validade de um ano e deverĂ¡ ser portada pelo motorista.
3.3 - Amarrações para um caiaque sobre outro - Aqui vale ressaltar que o transporte de um caiaque sobre outro é uma das maiores causas de rachaduras nos cascos.
Os tensionamentos nas tiras de amarraĂ§Ă£o nĂ£o deverĂ£o ir alĂ©m do necessĂ¡rio e o ideal Ă© que sejam colocados entre os caiaques materiais que suavizem os contatos, como espuma ou papelĂ£o.
3.3 - Amarrações para um caiaque sobre outro - Aqui vale ressaltar que o transporte de um caiaque sobre outro é uma das maiores causas de rachaduras nos cascos.
Os tensionamentos nas tiras de amarraĂ§Ă£o nĂ£o deverĂ£o ir alĂ©m do necessĂ¡rio e o ideal Ă© que sejam colocados entre os caiaques materiais que suavizem os contatos, como espuma ou papelĂ£o.
3.3.1 AmarraĂ§Ă£o bĂ¡sica ajustada
Num trajeto normal, dois caiaques
transportados um sobre o outro, com amarraĂ§Ă£o simples,
bem ajustada, terĂ£o grandes chances de chegarem intactos no destino. ApĂ³s se certificar de que as hastes do rack suportaram bem
os dois caiaques, as amarrações poderĂ£o ocorrer.
Os dois caiaques poderĂ£o ser amarrados juntos, com uma Ăºnica cinta em cada extremidade, num total de duas cintas amarrando todo o conjunto de dois caiaques.
No entanto, tendo em vista a altura da carga, jĂ¡ que um caiaque estarĂ¡ sobre o outro, serĂ¡ muito mais seguro que cada caiaque seja amarrado de forma independente. Primeiro o que servirĂ¡ de apoio para o outro e posteriormente o que ocuparĂ¡ a segunda altura.
Qual caiaque ficarĂ¡ sobre o outro e em que posiĂ§Ă£o cada uma ficarĂ¡, dependerĂ¡ dos modelos de caiaque a serem transportados e deverĂ¡ ser definido nĂ£o sĂ³ pelo melhor encaixe entre os caiaques, mas tambĂ©m pelo melhor encaixe entre o caiaque de apoio e o rack. Nem sempre, o com maior largura gerarĂ¡ melhor encaixe, se for colocado embaixo do mais estreito, ou o de menor comprimento ficarĂ¡ mais seguro em cima do mais comprido... Muitas configurações serĂ£o possĂveis, mas o ideal serĂ¡ buscar pela que mais segurança gere ao transporte.
PosiĂ§Ă£o deck com fundo (os dois caiaques emborcados)
Os dois caiaques poderĂ£o ser amarrados juntos, com uma Ăºnica cinta em cada extremidade, num total de duas cintas amarrando todo o conjunto de dois caiaques.
Qual caiaque ficarĂ¡ sobre o outro e em que posiĂ§Ă£o cada uma ficarĂ¡, dependerĂ¡ dos modelos de caiaque a serem transportados e deverĂ¡ ser definido nĂ£o sĂ³ pelo melhor encaixe entre os caiaques, mas tambĂ©m pelo melhor encaixe entre o caiaque de apoio e o rack. Nem sempre, o com maior largura gerarĂ¡ melhor encaixe, se for colocado embaixo do mais estreito, ou o de menor comprimento ficarĂ¡ mais seguro em cima do mais comprido... Muitas configurações serĂ£o possĂveis, mas o ideal serĂ¡ buscar pela que mais segurança gere ao transporte.
PosiĂ§Ă£o fundo com deck (os dois caiaques na posiĂ§Ă£o de navegaĂ§Ă£o).
PosiĂ§Ă£o fundo com deck (o caiaque de apoio emborcado e o da segunda altura na posiĂ§Ă£o de navegaĂ§Ă£o).
PosiĂ§Ă£o fundo com deck (o caiaque de apoio emborcado e o da segunda altura na posiĂ§Ă£o de navegaĂ§Ă£o).
PosiĂ§Ă£o deck com deck (o caiaque de apoio em posiĂ§Ă£o de navegaĂ§Ă£o e o da segunda altura emborcado).
No entanto, com amarrações bĂ¡sicas, caso o veĂculo venha a
ser envolvido em um acidente de trĂ¢nsito (colisĂ£o frontal, lateral ou
abalroamento na traseira), muito provavelmente, alĂ©m dos danos no veĂculo, ocorrerĂ£o danos tambĂ©m nos caiaques, alĂ©m dos danos que os caiaques poderĂ£o causar a outros veĂculos. Agindo com prevenĂ§Ă£o e reforçando a
amarraĂ§Ă£o, utilizando amarrações por sistema, os danos que os caiaques sofrerĂ£o e causarĂ£o num acidente serĂ£o certamente minimizados ou nem ocorrerĂ£o.
3.3.2 AmarraĂ§Ă£o por sistema
A amarraĂ§Ă£o por sistema faz com que cada extremidade da
carga contida por ela receba dois envolvimentos, duas tiras, uma para impedir o deslocamento da carga para um lado do veĂculo e a outra para impedir que a carga se desloque para
o outro lado. Nessa amarraĂ§Ă£o Ă© os sistema composto por tiras que sĂ£o tensionadas em sentido contrĂ¡rio envolvendo o mesmo ponto da carga que impede os deslocamentos laterais, tornando o transporte de cargas sobrepostas mais seguro. As amarrações por sistema devem ser tencionadas de forma intercalada. Caso uma das tiras seja tensionada sem a intercalaĂ§Ă£o com o tensionamento da que estarĂ¡ do lado oposto, a carga
(nesse caso os caiaques) tenderĂ¡ a ser desviada da linha central do teto do veĂculo.
Tomando-se por base a ilustraĂ§Ă£o abaixo, o tensionamento de cinta de amarraĂ§Ă£o (tanto na ilustrada na cor verde, quanto na ilustrada na cor laranja)
deverĂ¡ ocorrer paulatinamente e intercalado um com o outro. De tal forma, quando as duas amarrações que envolverĂ£o uma das extremidades dos caiaques estiverem com a tensĂ£o desejada, naquele ponto do teto do veĂculo os caiaques estarĂ£o mantidos na linha central.
Ilustrações com visĂ£o aĂ©rea mostrando a amarraĂ§Ă£o por sistema das extremidades do caiaque voltadas para a frente do veĂculo.
Ilustrações com visĂ£o aĂ©rea mostrando a amarraĂ§Ă£o por sistema das extremidades do caiaque voltadas para a frente do veĂculo.
O mesmo alinhamento correto ocorrerĂ¡ com o tensionamento em procedimento igual for realizado para tensionar as duas amarrações que envolverĂ£o a outra extremidade dos caiaques.
Ilustrações com visĂ£o aĂ©rea mostrando a amarraĂ§Ă£o por sistema das extremidades do caiaque voltadas para a parte traseira do veĂculo.
VisĂ£o lateral da mesma amarraĂ§Ă£o por sistema demonstrada nas ilustrações anteriores, mostrando as cintas que iniciaram e terminaram a amarraĂ§Ă£o do lado esquerdo do veĂculo.
VisĂ£o lateral da mesma amarraĂ§Ă£o por sistema demonstrada nas ilustrações anteriores, mostrando as tiras que iniciaram e terminaram a amarraĂ§Ă£o do lado direito do veĂculo.
Em casos da haver necessidade - e condições de resistĂªncia do rack e porte de AET - de transportar trĂªs caiaques em trĂªs alturas, a amarraĂ§Ă£o por sistema tambĂ©m serĂ¡ a mais indicada. Vale voltar a frisar que em caso de um acidente com o veĂculo, as amarrações convencionais (que funcionam bem quando nada de anormal com veĂculo ocorre) nĂ£o serĂ£o suficientes.
VisĂ£o frontal de um trasporte de trĂªs caiaques em terceira altura.
VisĂ£o lateral da mesma amarraĂ§Ă£o por sistema demonstrada nas ilustrações anteriores, mostrando as cintas que iniciaram e terminaram a amarraĂ§Ă£o do lado esquerdo do veĂculo.
VisĂ£o lateral da mesma amarraĂ§Ă£o por sistema demonstrada nas ilustrações anteriores, mostrando as cintas que iniciaram e terminaram a amarraĂ§Ă£o do lado direito do veĂculo.
TrĂªs caiaques tambĂ©m poderĂ£o ser transportados sobre outros dois que estejam lado a lado e, nesse caso, somente o que ficarĂ¡ na segunda altura precisarĂ¡ de amarraĂ§Ă£o por sistema.
NĂ£o vale a pena ganhar tempo e perder segurança. A amarraĂ§Ă£o por sistema Ă© um pouco mais complexa para ser realizada e requer mais tiras, o que poderĂ¡ fazer com que se torne mais morosa e com maior custo. No entanto, nĂ£o serĂ£o alguns poucos minutos a mais e/ou a compra de mais duas cintas com catraca que farĂ£o diferença negativa, se comparados ao aumento da segurança que tal amarraĂ§Ă£o proporciona.
4 - Berço falicitador de carregamento - como confeccionar e usar
O acoplamento de um berço horizontal sobre as hastes do
rack, facilita muito a colocaĂ§Ă£o de um caiaque pesado sobre o teto de um
veĂculo (principalmente os do tipo hatch), por uma Ăºnica pessoa, sendo a forma
mais indicada para quem deseja transportar, em posiĂ§Ă£o de uso e nĂ£o emborcado, como Ă© mais habitual, um caiaque que nĂ£o tenha fundo plano. No entanto, Ă© preciso utilizar
procedimentos (poderĂ£o ser vĂ¡rios) que impeçam que a popa arraste no piso e
sofra desgastes desnecessĂ¡rios.
Esse berço horizontal Ă© o mais prĂ¡tico (e com a melhor relaĂ§Ă£o custo x benefĂcio) facilitador de carregamento de caiaque em rack que eu conheço e foi desenvolvido pelos gloriosos Sandro Levi, CĂcero JĂºnior e Emanoel Lessa Garcia, caiaqueiros de
Fortaleza.
Tal berço Ă© composto por dois tubos de alumĂnio (dos
utilizados para confecĂ§Ă£o de corrimĂ£o, para uso em escadas de alvenaria),
medindo 2 polegadas de diĂ¢metro, com parede de 1,2mm.
De modo geral, 2 metros
de comprimento em cada tubo serĂ¡ o suficiente, variando apenas as distĂ¢ncias A
e B.
A medida A deverĂ¡ ser suficiente para evitar que o caiaque toque o teto, ao ser carregador pela traseira do veĂculo e a medida B deverĂ¡ ser suficiente, para acomodar o caiaque sem que ele fique em balanço no sentido proa x popa e vice-versa.
Os dois tubos deverĂ£o ser aparafusados nas hastes do rack em paralelo e de forma
equidistante. A distĂ¢ncia entre eles deverĂ¡ ser exatamente a mesma que houver
entre os relevos do fundo do caiaque, conforme demostrado na ilustraĂ§Ă£o abaixo
como “L1” e “L2”.
Caso seja para transporte de um caiaque de fundo plano,
bastarĂ¡ que a distĂ¢ncia entre os tudo seja uns 50 mm menor do que a menor
largura do casco, embora para esse tipo de caiaque, o uso do berço sĂ³ farĂ¡ sentido por facilitar a colocaĂ§Ă£o sobre o carro, isso se tratando de um casco com peso
considerĂ¡vel.
Os parafusos deverĂ£o ter comprimento suficiente para
atravessarem o tubo, a haste do rack e ainda sobrar rosca para aperto com uma
porca, e nĂ£o deverĂ£o ficar salientes, para que nĂ£o venham a danificar o fundo do caiaque que deslizarĂ¡ por aqueles pontos.
Para acomodaĂ§Ă£o de caiaques de fundo com recortes (nĂ£o
plano), com a linha central pronunciada, o ideal nĂ£o serĂ¡ apoiar cada tubo
diretamente nas hastes do rack, mas sim em um pedaço do prĂ³prio tubo. Cada pedaço
vertical desses terĂ¡ uma extremidade apoiada na haste do rack e na outra receberĂ¡
uma “ConeĂ§Ă£o fixa para tubos em T”.
Dessa forma, cada haste do rack receberĂ¡ dois pequenos tubos
verticais. O comprimento desse tubo deverĂ¡ ser o suficiente apenas para impedir
que a linha central do caiaque toque nas hastes impedindo uma acomodaĂ§Ă£o
perfeita.
Uma extremidade de cada pequeno tubo que ficarĂ¡ na vertical ficarĂ¡ apoiada na haste do rack e a extremidade oposta receberĂ¡ uma ConeĂ§Ă£o fixa para tubos em T (conexĂ£o na medida que permita encaixe no tubo)e sobre essa conexĂ£o serĂ¡ apoiado o tubo que ficarĂ¡ na vertical.
Nesse caso, os parafusos deverĂ£o ter comprimento suficiente para atravessarem o tubo horizontal, a haste do rack, a conexĂ£o, o tubo vertical e ainda sobrar rosca para aperto com uma porca, e nĂ£o deverĂ£o ficar salientes, para que nĂ£o venham a danificar o fundo do caiaque que deslizarĂ¡ por aqueles pontos.
Os tubos horizontais deverĂ£o receber, no "dorso" o revestimento, por colagem, de algum material que impeça o contato direto com o caiaque, para evitar abrasĂ£o no casco. PoderĂ£o ser coladas no tubo tiras de carpete ou de outro material que se preste para esse fim. Nas extremidades de cada tubo horizontal, deverĂ¡ ser encaixada uma peça plĂ¡stica em formato de meia esfera, para acabamento.
Os tubos horizontais deverĂ£o receber, no "dorso" o revestimento, por colagem, de algum material que impeça o contato direto com o caiaque, para evitar abrasĂ£o no casco. PoderĂ£o ser coladas no tubo tiras de carpete ou de outro material que se preste para esse fim. Nas extremidades de cada tubo horizontal, deverĂ¡ ser encaixada uma peça plĂ¡stica em formato de meia esfera, para acabamento.
A amarraĂ§Ă£o de um caiaque que tenha a linha central pronunciada, na posiĂ§Ă£o de uso, em um berço, dispensarĂ¡ a utilizaĂ§Ă£o de amarraĂ§Ă£o por sistema, bastando a amarraĂ§Ă£o bĂ¡sica ajustada.
VisĂ£o lateral da amarraĂ§Ă£o finalizada.
O transporte de um caiaque cujo fundo nĂ£o seja plano, poderĂ¡ ser realizado com casco em posiĂ§Ă£o de uso, sem o berço, mas como nĂ£o haverĂ¡ uma acomodaĂ§Ă£o perfeita, o ideal serĂ¡ fazer a amarraĂ§Ă£o por sistema.
As ilustrações a seguir facilitarĂ£o a visualizaĂ§Ă£o de como
um caiaqueiro, sozinho, poderĂ¡ posicionar um caiaque sobre o carro, para
transporte, usando o berço.
VĂ¡rias podem ser as formas de realizar esse procedimento,
mas a que serĂ¡ demostrada a seguir pode ser dividida em passos muito simples
de serem seguidos e facilmente memorizados, apĂ³s a primeira execuĂ§Ă£o.
a)
Posicione seu veĂculo no local onde o caiaque serĂ¡ colocado no rack.
b)
Providencie uma cinta (ou corda com resistĂªncia, mĂnima, para 30 kg), com dois
metros de comprimento a mais que seu caiaque e amarre uma das extremidades da cinta entre os aros da roda traseira
direita do veĂculo e faça uma marca no ponto exato ponto onde a amarraĂ§Ă£o for
finalizada.
d) Amarre a outra extremidade da cinta (que jĂ¡ tem uma das extremidades presa Ă roda traseira direita do veĂculo) na alça de popa do caiaque, de
e) Eleve a proa de seu caiaque e a movimente no sentido do
teto do veĂculo.
f) Apoie
o bico de proa do caiaque nas duas extremidades do berço horizontal que estĂ¡
sobre o rack do veĂculo.
g) Se
dirija até a extremidade da popa de seu caiaque, eleve-a até a altura do berço
sobre o rack.
h) Segurando
a popa, empurre o caiaque (que deslizarĂ¡ sobre o berço), atĂ© que ele fique
posicionado de modo a ter o peso bem distribuĂdo nas hastes do berço.
i) Segurando
a popa, empurre o caiaque (que deslizarĂ¡ sobre o berço), atĂ© que ele fique
posicionado de modo a ter o peso bem distribuĂdo nas hastes do berço.
m) Caso o caiaque ultrapasse o para-choque traseiro, para transitar durante o dia coloque uma sinalizaĂ§Ă£o (que poderĂ¡ ser um pano na cor vermelha ou cor Ă¡cida) na extremidade do caiaque e, para transitar durante a noite, uma iluminaĂ§Ă£o na cor vermelha.
n) Para retirar o caiaque do rack, bastarĂ¡ realizar o procedimento de forma inversa.
5 - SugestĂ£o de configuraĂ§Ă£o de rack para pick-up
Sobre a cabine da pick-up poderĂ¡ ser utilizado um rack de uma ou de duas hastes e no final da carroceria um malhal (ou "Santo AntĂ´nio") traseiro (haste com as partes verticais bem alongadas) que nĂ£o precisarĂ¡ ser fixo. O malhal traseiro poderĂ¡ ser confeccionado com materiais (metalon, o mais simples deles, por exemplo) que apresentem resistĂªncia suficiente para suportar o peso do caiaque e de modo a ser encaixado na pick-up apenas nos momentos de transportar o caiaque.
6 - Rack "de ventosa"
Quando um caiaqueiro que acaba de adquirir (ou estĂ¡ por
adquirir) seu primeiro caiaque e se depara com a necessidade de transportar o
novo “brinquedo”, o chamado “rack de ventosa” (pelo baixo preço, comparado aos
de fixaĂ§Ă£o convencional) se torna muito sedutor. No entanto, em termos de
preservaĂ§Ă£o da integridade do veĂculo, esse tipo de rack nĂ£o Ă© a melhor opĂ§Ă£o,
embora seja funcional.
Muitos caiaqueiros fazem uso de rack com fixaĂ§Ă£o por ventosas
e, involuntariamente, acabam incentivando ainda mais essa utilizaĂ§Ă£o, mas o uso
do rack de ventosa, para cargas que requeiram amarrações fortes e com peso superior a 20 kg (como um
caiaque), nĂ£o Ă© o mais indicado, embora seja possĂvel fazĂª-lo com relativa segurança, se
alguns cuidados forem tomados.
As ventosas (de qualquer modelo de rack que as use) ficam
apoiadas em partes do teto com menos resistĂªncia do que os convencionais e o
passar do tempo (que vai depender da frequĂªncia de uso) gerarĂ¡ morsas
inevitĂ¡veis.
VĂ¡rios caiaqueiros se dizem satisfeitos com seus racks de ventosa,
mas uma olhada criteriosa na maioria dos tetos dos carros deles mostrarĂ¡
ondulações, evidenciando que o ideal Ă© fazer uso de um rack de fixaĂ§Ă£o convencional.
Quando a fixaĂ§Ă£o de um rack de ventosa Ă© realizada da forma adequada (a
superfĂcie do teto e o interior da ventosa estando livres de sujidade e da presença de
poeira, gordura, oleosidade, etc...) nĂ£o haverĂ¡ o risco das ventosas se soltarem, desde que o veĂculo nĂ£o seja envolvido em
algum acidente de trĂ¢nsito.
Se for inevitĂ¡vel, fazer uso de um rack de ventosa, a amarraĂ§Ă£o da carga vai requer cuidados, para
nĂ£o gerar ainda mais problemas para o teto do veĂculo, alĂ©m dos que com o passar do
tempo ocorrerĂ£o.
Grande parte dos caiaqueiros que utilizam os racks de
ventosa, "por segurança", passam parte da amarraĂ§Ă£o pelo interior do carro (com as portas abertas), envolvem o caiaque e somente depois a finalizam. Ilustrado abaixo pelas tiras de cor roxa.
Essa tal prĂ¡tica poderĂ¡ ser extremamente danosa ao
veĂculo, principalmente se forem utilizadas catracas para o tensionamento. Quando a amarraĂ§Ă£o da carga Ă© concluĂda com o tracionamento das voltas (de cabo, corda ou cinta) que passam por dentro do veĂculo, a carga Ă© puxada de encontro ao rack que por sua vez passa a pressionar o teto, em pontos que pouco resistentes, tendendo a causar danos que poderĂ£o requerer reparos onerosos.
O ideal serĂ¡ que a amarraĂ§Ă£o fixe a carga somente nas hastes do rack. Ilustrado abaixo pelas tiras de cor verde.
As tais amarrações de reforço que passem por dentro do carro, deverĂ£o ser ligadas apenas Ă s hastes do rack. Ilustrado abaixo pelas tiras de cor azul.Nessas amarrações de reforço que passam por dentro do veĂculo, nĂ£o deverĂ£o ser utilizados cabos corda, tira ou fitas com espessura que venha a danificar as borrachas de vedaĂ§Ă£o das portas, com espessura que nĂ£o encaminhe Ă¡gua para o interior do veĂculo, em dias de chuva, e nem força de traĂ§Ă£o alguma, apenas a retirada de folgas.
ValerĂ¡ tambĂ©m - para minimizar as consequĂªncias no caiaque, em caso de um acidente trĂ¢nsito com o veĂculo, como jĂ¡ foi citados em item acima - ligar uma das hastes do rack ao para-choque dianteiro e a outra haste do rack ao para choque traseiro do veĂculo (ilustrado abaixo pelas tiras de cor marrom), se o veĂculo apresentar essas possibilidades.
E que me desculpem aqueles com interesses comerciais na venda,
mas quando alguém me pergunta se eu utilizo ou recomendo o uso de rack com ventosas,
para transporte de caiaque, a minha resposta Ă© simplesmente “NĂƒO”!
Tudo o que vocĂª leu neste artigo tem apenas o objetivo de proporcionar mais percepĂ§Ă£o de risco ao caiaqueiro e, consequentemente, mais segurança a ele e aos que vĂ£o dividir ruas e estradas com ele.